Furacão: Pai cego carregou filho às costas por entre a água para o salvar

Uma história de resiliência num momento de desespero. Homem cego teve que fugir de casa com o filho, que sofre de paralisia cerebral. Ambos estão a salvo, embora sem casa.

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© Reprodução CNN

Notícias Ao Minuto
08/09/2019 17:25 ‧ 08/09/2019 por Notícias Ao Minuto

Mundo

Furacão Dorian

Um homem cego foi obrigado a fugir de casa com o filho de 24 anos, que tem paralisia cerebral, depois de o furacão Dorian ter arrancado o telhado da residência, nas ilhas Ábaco, no noroeste das Bahamas.

Brent Lowe descreveu, ao canal CNN, como teve que carregar o seu filho às costas em águas "que chegavam ao queixo" até encontrar um sítio seguro para ambos.

"Eu estava aterrorizado. Não pensei que as águas fossem tão fundas. Pensei que me chegariam aos joelhos. Só quando saí é que me apercebi. Pensei que se ficasse mais fundo ia ter que nadar com ele. Mas felizmente não aconteceu", explicou Brent.

O caminho que Brent teve que fazer até casa de um vizinho era de cinco minutos mas, com água pelo pescoço, demorou mais tempo. "Na altura, estava a chover torrencialmente", lembrou. Depois de alcançarem a residência do vizinho, Brent e o filho aguardaram que as condições atmosféricas melhorassem até poderem ir para um abrigo.

O homem, que é divorciado, teve que ser recolocado, em Nassau, e o filho está em casa de familiares. As Bahamas, recorde-se, foram atingidas no passado domingo pelo mais forte furacão registado na história do arquipélago, que fustigou, principalmente, as ilhas Ábaco e Grande Bahama, com ventos até 295 quilómetros por hora e chuvas torrenciais, antes de seguir na terça-feira em direção à Flórida.

O furacão Dorian depois, na quinta-feira, os estados norte-americanos da Carolina do Norte e do Sul com ventos violentos, tornados e chuvas laterais, tendo sido atribuídas à tempestade pelo menos quatro mortes no sudeste dos Estados Unidos.

As quatro mortes ocorreram na Flórida e na Carolina do Norte e as vítimas foram homens que caíram ou foram eletrocutados quando aparavam árvores ou preparavam as habitações para enfrentarem o furacão. O balanço do número de mortos após a passagem do furacão Dorian pelas Bahamas é de 43.

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