Ativista Greta Thunberg ganha Prémio Nobel Alternativo

O prémio foi atribuído "por inspirar e amplificar as exigências políticas para ações para a emergência climática refletindo factos científicos".

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Sara Gouveia
25/09/2019 08:28 ‧ 25/09/2019 por Sara Gouveia

Mundo

Reconhecimento

A ativista ambiental Greta Thunberg, de apenas 16 anos, foi nomeada uma das quatro vencedoras do prémio Right Livelihood Award de 2019, conhecido como Prémio Nobel Alternativo. O prémio foi atribuído à jovem "por inspirar e amplificar as exigências políticas para ações para a emergência climática refletindo factos científicos", refere a fundação do galardão citada pela Reuters.

O reconhecimento surge depois de Greta ter responsabilizado líderes mundiais por falharem em conseguir combater as alterações climáticas num discurso emotivo na cimeira do clima, na segunda-feira, em Nova Iorque.

Há um ano começou com pequenos protestos semanais no exterior do parlamento sueco e inspirados pela adolescente na passada sexta-feira quatro milhões de pessoas um pouco por todo o mundo saíram à rua para protestar e exigir que os seus governos para tomarem medidas conta a emergência climática.

O prémio é partilhado com a advogada chinesa Guo Jianmei, com a ativista africana de direitos humanos Aminatu Haidar e com Davi Kopenawa, porta-voz dos Yanomami indígenas na floresta tropical brasileira, que está em campanha pela preservação da Amazónia.

"Com o prémio Right Livelihood Award de 2019 honramos quatro visionários cuja liderança tem ajudado milhões de pessoas a defender os seus direitos inalienáveis e a almejar por um futuro em que possamos viver no planeta Terra", afirmou Ole von Uexkull, na conferência de imprensa de anúncio dos prémios, no Ministério dos Negócios Estrangeiros sueco. "Além do prémio monetário, oferecemos aos distinguidos apoio a longo prazo e ajudaremos a proteger aqueles cujas vidas e liberdade estiverem em perigo", sublinhou.

De acordo com o júri internacional, o líder da tribo dos Yanomami em Roraima, no norte do Brasil, Davi Kopenawa, e a Hutukara Associação Yanomami foram distinguidos "pela corajosa determinação na proteção das florestas e da biodiversidade da Amazónia, das terras e da cultura dos povos indígenas". A advogada chinesa Guo Jianmei foi distinguida pelo "trabalho pioneiro e persistente na defesa dos direitos das mulheres na China", tendo ao longo dos anos ajudado milhares de mulheres a terem acesso à justiça. Por fim, a defensora dos direitos humanos saraui Aminatou Haidar destacou-se por "uma campanha pacífica", ao longo de 30 anos, "apesar de detenções e tortura, em prol da justiça e da autodeterminação para o povo do Sara Ocidental".

Os quatro vencedores serão presenteados com um prémio monetário de 1 milhão de coroas suecas (cerca de 94 mil euros), destinadas a apoiar o trabalho que desenvolvem nas suas áreas e não para uso pessoal.

Num processo de nomeação aberto, o júri recebeu 142 nomeações de 59 países.

O prémio Right Livelihood Award ou Prémio Nobel Alternativo foi criado em 1980 pelo filantropo e filatelista Jakob von Uexkull. Celebra-se anualmente e pretende "homenagear e apoiar pessoas corajosas a resolver problemas globais". Os 'Nobel Alternativo' vão ser entregues em Estocolmo, em 04 de dezembro, numa cerimónia pela primeira vez aberta ao público, para assinalar os 40 anos do prémio.

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