Nobel da Física vai para James Peebles, Michel Mayor e Didier Queloz

Distinção foi esta terça-feira anunciada pela Real Academia de Ciências da Suécia. Prémio maior da física congratula, este ano, as evoluções na cosmologia física e na descoberta de exoplanetas.

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Anabela Sousa Dantas
08/10/2019 10:52 ‧ 08/10/2019 por Anabela Sousa Dantas

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O Prémio Nobel da Física foi este ano atribuído a James Peebles, Michel Mayor e Didier Queloz, por contribuições para "o conhecimento da evolução do Universo e do lugar da Terra no cosmos", segundo o anunciado pelo secretário-geral da Real Academia de Ciências da Suécia, Göran K. Hansson

Metade do prémio será entregue a James Peebles, pelas suas "descobertas na teoria da cosmologia física". A outra metade vai em conjunto para Michel Mayor e Didier Queloz, pela descoberta de "um exoplaneta em órbita de uma estrela do tipo solar".

Na rede social Twitter, o comité do Nobel salienta que os suíços Mayor e Queloz, da universidade de Genebra, "iniciaram uma revolução na astronomia e mais de 4.000 exoplanetas foram descobertos desde então".

"Estranhos mundos novos ainda estão a ser descobertos, numa quantidade incrível de tamanhos, formas e órbitas".

Sobre o trabalho do norte-americano James Peebles, considera que "é a base do conhecimento atual da história do Universo, do Big Bang até ao presente".

Assista ao vídeo do anúncio, mais abaixo.

No ano passado, recorde-se, a distinção tinha ido para o campo da física de laser, com prémio atribuído a Arthur Ashkin, Gérard Mourou e Donna Strickland.

Este foi o segundo Nobel atribuído este ano, depois do Prémio Nobel da Medicina, que reconheceu os norte-americanos William G. Kaelin e Gregg L. Semenza e ao britânico Sir Peter J. Ratcliffe, pelas suas descobertas relativamente à forma como as "células pressentem e se adaptam ao oxigénio disponível".

Os prémios Nobel, os mais prestigiados do mundo atribuídos nas áreas de Medicina, Física, Química, Literatura, Economia e Paz, começaram a ser anunciados esta segunda-feira, 7 de outubro.

Sublinhe-se que amanhã, quarta-feira, será anunciado o Nobel da Química e na quinta-feira serão anunciados os dois Nobel da Literatura de 2018 e deste ano. Sexta-feira é a vez de ser anunciada a distinção mais mediática: o Prémio Nobel da Paz. O último Nobel a ser atribuído é o da Economia, algo que vai acontecer no dia 14

Um prémio para os "maiores serviços à Humanidade"

Os prémios Nobel nasceram da vontade do cientista e industrial sueco Alfred Nobel (1833-1896) em legar grande parte de sua fortuna "àqueles que tenham prestado os maiores serviços à Humanidade". 

Nobel, inventor da dinamite, deixou a sua vontade de atribuir prémios a pessoas de excelência expressa no testamento, feito em Paris, em 1895, um ano antes de sua morte. 

Atualmente, o Nobel é o prémio mais prestigiado do mundo, algo que se deve, também, às quantias que são atribuídas, podendo chegar aos 9 milhões de coroas suecas (cerca de 830 mil euros).

Recorde-se que este ano serão atribuídos, a título excecional, dois Nobel da Literatura (relativos a 2018 e 2019), depois de, no ano passado, ter sido suspenso devido a um escândalo de abusos sexuais e crimes financeiros, que afetou a Academia de Estocolmo.

A cerimónia de atribuição acontece anualmente a 10 de dezembro, data de aniversário da morte do seu mentor.

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