"O Governo [da Guiné-Bissau] não deve poupar-se a quaisquer esforços para organizar a primeira volta das eleições presidenciais em 24 de novembro, segundo o calendário estabelecido, e com o objetivo de completar o processo eleitoral em 29 de dezembro, caso seja necessária uma segunda volta", disse à agência Lusa fonte comunitária.
"É essencial que seja garantido um ambiente pacífico para que as eleições presidenciais sejam livres, inclusivas, transparentes, credíveis e ordeiras", salientou a mesma fonte, acrescentando que a UE espera "que todos os atores políticos continuem a evitar o incitamento a qualquer ação violenta".
A campanha eleitoral, na qual participam 12 candidatos aprovados pelo Supremo Tribunal de Justiça, vai decorrer entre 01 e 20 de novembro.
O primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes, já adiantou que a Comissão Nacional de Eleições já decidiu que os cadernos eleitorais que vão ser utilizados nas presidenciais são os que foram usados nas eleições legislativas e que o executivo respeita a decisão.
O Governo iniciou em setembro correções aos cadernos eleitorais para regularizar a situação de cerca de 25.000 eleitores que tinham sido recenseados, mas que devido a problemas técnicos foram impedidos de votar nas legislativas de 10 de março.
As correções provocaram alguma tensão política no país, com os partidos da oposição a recusarem as correções.
O país voltou a um clima de instabilidade política após o primeiro-ministro ter denunciado uma tentativa de golpe de Estado, responsabilizando diretamente o candidato apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática (Madem G15), Umaro Sissoco Embaló, que refutou as acusações, considerando que se trata de "mentira e calúnia".
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