Guiné-Bissau: UE apela a esforço para eleições "credíveis" e "pacíficas"

A União Europeia (UE) apelou ao Governo de Bissau a que não poupe qualquer esforço para que as eleições presidenciais se realizem no calendário previsto e às partes para que evitem qualquer incitamento à violência.

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Lusa
25/10/2019 11:04 ‧ 25/10/2019 por Lusa

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"O Governo [da Guiné-Bissau] não deve poupar-se a quaisquer esforços para organizar a primeira volta das eleições presidenciais em 24 de novembro, segundo o calendário estabelecido, e com o objetivo de completar o processo eleitoral em 29 de dezembro, caso seja necessária uma segunda volta", disse à agência Lusa fonte comunitária.

"É essencial que seja garantido um ambiente pacífico para que as eleições presidenciais sejam livres, inclusivas, transparentes, credíveis e ordeiras", salientou a mesma fonte, acrescentando que a UE espera "que todos os atores políticos continuem a evitar o incitamento a qualquer ação violenta".

A campanha eleitoral, na qual participam 12 candidatos aprovados pelo Supremo Tribunal de Justiça, vai decorrer entre 01 e 20 de novembro.

O primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes, já adiantou que a Comissão Nacional de Eleições já decidiu que os cadernos eleitorais que vão ser utilizados nas presidenciais são os que foram usados nas eleições legislativas e que o executivo respeita a decisão.

O Governo iniciou em setembro correções aos cadernos eleitorais para regularizar a situação de cerca de 25.000 eleitores que tinham sido recenseados, mas que devido a problemas técnicos foram impedidos de votar nas legislativas de 10 de março.

As correções provocaram alguma tensão política no país, com os partidos da oposição a recusarem as correções.

O país voltou a um clima de instabilidade política após o primeiro-ministro ter denunciado uma tentativa de golpe de Estado, responsabilizando diretamente o candidato apoiado pelo Movimento para a Alternância Democrática (Madem G15), Umaro Sissoco Embaló, que refutou as acusações, considerando que se trata de "mentira e calúnia".

 Leia Também: CNE da Guiné-Bissau decide utilizar cadernos eleitorais das legislativas

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