Morreu Xavier Puigdemont, o pai do ex-presidente do governo regional da Catalunha. A notícias foi dada esta quarta-feira por Carles Puigdemont, que se encontra na Bélgica fugido à Justiça espanhola após liderar a tentativa de secessão da Catalunha em 2017.
"Deixou-nos o nosso pai. A minha mãe, as minhas irmãs e os meus irmãos vamos recordá-lo sempre como um homem com uma bondade imensa e fidelidade ao valores de base do cristianismo. Que descanse em paz", escreveu o ex-governante, no seu perfil de Twitter, conforme pode ver mais abaixo.
Há uma semana, recorde-se, Carles Puigdemont dizia em entrevista ao The Times que receava não voltar a ver os seus pais. "A minha mulher e as minhas filhas vivem a quase mil quilómetros de distância. Duvido que alguma vez volte a ver os meus pais ainda em vida", disse.
Fa poca estona ens ha deixat el pare. La meva mare, les meves germanes i els meus germans el recordarem sempre com un home de bondat immensa i fidelitat als valors del cristianisme de base. Descansi en pau. ACS.
— Carles Puigdemont (@KRLS) November 6, 2019
O atual presidente do governo autónomo, Quim Torra, deixou uma mensagem de condolências através da mesma plataforma. "A tristeza da morte de um pai faz-se mais profunda pela injustiça do exílio e da distância forçada. Acompanhamos-te na dor com o abraço de todo um povo que vos ama", escreveu.
Estimat president @KRLS, la tristesa de la mort del pare es fa més profunda per la injustícia de l'exili i la distància forçada. T'acompanyem en el sentiment amb l'abraçada de tot un poble que us estima. Descansi en pau.
— Quim Torra i Pla (@QuimTorraiPla) November 6, 2019
No início do mês de outubro, o Supremo Tribunal de Espanha condenou políticos e responsáveis por associações cívicas catalãs a penas entre os nove e os 13 anos de cadeia, por crimes de sedição e má gestão de fundos públicos. E uma nova ordem de detenção e extradição de Puigdemont foi emitida pelas autoridades espanholas.
Poucos dias depois, o ex-presidente da Generalitat entregou-se à polícia belga mas foi libertado com termo de identidade e residência, estando obrigado a pedir uma autorização no caso de querer deixar a Bélgica.