"O setor da educação tem de ser um caminho, estão criando-se algumas condições para esta caminhada, apostando na educação de qualidade para todos", disse Maritza Rosabal Peña.
A governante acrescentou que "também se aposta no ensino das línguas, no fortalecimento da língua portuguesa, da área das expressões artísticas".
"Tudo isto são políticas de base para o desenvolvimento e fortalecimento da cultura e, logicamente, juntar a exploração destes aspetos num âmbito económico, que tudo isto tenha um impacto no desenvolvimento económico do país", frisou.
A ministra cabo-verdiana, que falava à agência Lusa à margem do 1º congresso "Turismo Cultural, Lusofonia e Cooperação", que decorre em Portalegre, promovido pelo Instituto para o Desenvolvimento, Cultura e Ciência (Ideci), apontou ainda que o turismo "é a grande opção de desenvolvimento" daquele país.
No decorrer do encontro, no Centro de Artes e do Espetáculo de Portalegre, foi também apresentada a Carta de Portalegre: Para uma Cooperação no Espaço Lusófono.
Além de destacar a perda de população que a região tem vindo a registar nos últimos anos e a falta de "peso" político em termos de representação parlamentar (Portalegre elege dois deputados), o presidente do Ideci, José Faria Paixão, defendeu que, no futuro, a região tem de apostar na educação, ciência e cultura.
"Queremos firmemente que a cultura, educação e ciência, são os elos que nos ligam e que podem contribuir, decididamente, para consolidar uma cooperação nos mais diversos campos. Não há desenvolvimento sem estas três vertentes fundamentais na construção do ser humano integral", notou.
Nesse contexto, José Faria Paixão considera que o turismo cultural atinge uma importância "cada vez maior", o que possibilita o contacto com realidades diferentes e a troca de experiências com os países lusófonos.