Familiares e amigos das vítimas acenderam velas e largaram balões hoje próximo da localidade de Ampatuan, na ilha de Mindanau, no Sul, onde decorreu o massacre em 23 de novembro de 2009.
As 58 vítimas viajavam numa caravana na região quando foram alvo de uma emboscada, tendo sido mortas e enterradas no local.
Jornalistas, na sua maioria, os passageiros da caravana acompanhavam o candidato a Governador e opositor do então titular do cargo e líder de um poderoso clã local.
Governador de Maguindau durante quase 10 anos, o chefe Andal Ampatuan queria que o seu filho, Andal Ampatuan Júnior, considerado o principal suspeito do crime, lhe sucedesse.
"Há muito que sabemos quem são os culpados. Agora deve ser tomada a decisão certa", disse Jergin Malabananan, de 15 anos, filho de uma das jornalistas assassinadas.
Um helicóptero deixou cair uma 'chuva' de flores quando mil familiares e amigos, jornalistas e políticos se reuniram em torno de um monumento com os nomes das 58 vítimas.
Cerca de 100 pessoas, incluindo muitos membros do clã Ampatuan, foram acusados do crime, mas o processo arrastou-se nos tribunais durante anos, com os advogados de defesa a apresentarem sucessivos recursos.
O julgamento terminou em julho e o Supremo Tribunal deu à juíza responsável pelo processo até 20 de dezembro para examinar todas as provas e proferir a sentença.
"Esperemos que meu irmão e as outras vítimas finalmente tenham justiça", disse Freddie Ridao, um político local.