"Nos últimos dias as autoridades sauditas efetuaram novas detenções de jornalistas, escritores e de militantes, homens e mulheres", indicou em comunicado a organização ALQST, ativa nas questões de direitos humanos na Arábia Saudita.
"A tortura, violência sexual e abusos contra os atuais presos por delito opinião também foi intensificada pelas autoridades", denunciou a associação com sede em Londres.
A organização saudita "Prisioneiros de consciência", que acompanha o destino dos presos políticos no reino, confirmou a detenção de nove pessoas.
Na rede social Twitter, a organização precisou que o escritor Suleiman al-Nasser foi detido "com base nas suas opiniões" e o bloguista Fuad al-Farhan pelas suas "atividades intelectuais".
As autoridades não comentaram de imediato.
Estas prisões surgem num momento em que os militantes dos direitos humanos denunciam uma crescente repressão, em particular desde que Mohammed bin Salman se tornou príncipe herdeiro.
O reino saudita foi alvo de uma vaga de indignação mundial após a morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi por agentes sauditas no consulado do seu país em Istambul em outubro de 2008.
Esta morte motivou uma análise sem precedentes ao reino em termos de direitos humanos, em particular a repressão de militantes, com muitos a denunciarem atos de violência sexual e de tortura sob detenção.
Os procuradores sauditas rejeitaram estas acusações.
Riad enfrenta a pressão de governos ocidentais para libertar estes militantes, na maioria detidos nas vésperas da medida introduzida em 2018 sobre o fim da proibição de conduzir para as mulheres.
Em abril, pelo menos nove escritores, universitários e bloguistas, incluindo dois cidadãos norte-americanos, foram detidos.