Trump critica "ódio" da esquerda radical no Congresso

O presidente norte-americano, Donald Trump, criticou hoje (quarta-feira à noite nos EUA) no Michigan o "ódio" dos democratas do Congresso, logo após sua acusação de destituição pela Câmara dos Deputados.

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Lusa
19/12/2019 06:30 ‧ 19/12/2019 por Lusa

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"Enquanto criamos empregos e lutamos pelo Michigan, a esquerda radical no Congresso é consumida pela inveja, ódio e raiva, vejam o que está a acontecer", disse numa ação de campanha em Battle Creek.

"Os democratas estão a tentar cancelar os votos de dezenas de milhões de americanos", acrescentou.

A acusação de destituição inclui dois crimes: abuso de poder e obstrução ao Congresso.

Os dois processos, que contaram com o voto da maioria democrata no Congresso (câmara baixa), serão agora sujeitos a julgamento no Senado (câmara alta), onde os republicanos (no poder) têm uma clara maioria.

Na sessão, a líder democrata da Câmara de Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, disse que Donald Trump é uma "ameaça constante" à "segurança nacional" dos EUA, durante o debate para votação dos artigos de destituição do Presidente.

"Os atos irresponsáveis do Presidente tornaram necessário o seu 'impeachment'. Ele não nos deixou outra escolha", afirmou Nancy Pelosi, referindo-se à decisão dos democratas de levarem artigos de destituição para aprovação no plenário da Câmara de Representantes.

O inquérito para destituição arrancou no início de outubro, com acusações de que o Presidente teria pressionado o seu homólogo da Ucrânia, Volodymyz Zelensky, para investigar a atividade, junto de uma empresa ucraniana envolvida em casos de corrupção, do filho de um rival político, Joe Biden.

Os democratas insistem nas provas angariadas nas audições do Comité de Informações, primeiro, e Comité Judiciário, depois, para legitimar a decisão de considerar que a atividade do Presidente no caso ucraniano é passível de destituição.

Donald Trump torna-se assim no terceiro Presidente norte-americano a passar a fase seguinte do processo para ser destituído, depois de Andrew Johnson (1868) e de Bill Clinton (1998).

Democratas e republicanos já estão em negociações sobre os termos do julgamento político, que analisará se o Presidente cometeu um crime passível de levar à demissão, o que nunca sucedeu na história dos EUA, já que Andrew Johnson e Bill Clinton foram absolvidos no Senado.

O julgamento será conduzido pelo juiz John Roberts, mas serão os senadores quem servirá de juízes, perante os advogados nomeados pelo Presidente.

Se houver uma maioria de 2/3 de votos favoráveis no Senado, Donald Trump será o primeiro Presidente dos EUA a ser demitido.

Contudo, este cenário é pouco provável, já que os republicanos têm uma maioria confortável no Senado e já manifestaram a intenção de se unir na rejeição da pretensão de rejeitarem o processo espoletado pelos democratas.

 

 

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