Os protestos da Grande Marcha do Retorno iniciaram-se a 30 de março de 2018 para reivindicar o direito dos palestinianos a regressarem às terras de onde fugiram ou foram expulsos em 1948, devido à guerra aquando da criação do Estado de Israel.
Pretendiam igualmente denunciar o bloqueio imposto por Israel ao enclave palestiniano desde que este passou a ser controlado pelo movimento radical Hamas, em 2007.
Á volta de 80% dos dois milhões de habitantes de Gaza são refugiados ou descendentes de refugiados e o bloqueio deixou mais de dois terços dos que vivem no território dependentes de ajuda humanitária.
As manifestações da Grande Marcha do Retorno têm ocorrido semanalmente desde o seu início. Ao lado de manifestantes pacíficos, jovens palestinianos vão confrontando os soldados israelitas do outro lado da barreira de segurança atirando pedras e engenhos incendiários e incendiando pneus.
Os disparos israelitas mataram cerca de 215 palestinianos, a maioria desarmados e incluindo 47 menores e duas mulheres, segundo o Centro para os Direitos Humanos Al-Mezan. Centenas de outros ficaram gravemente feridos nas manifestações.
Israel insiste que está a defender a sua fronteira contra tentativas de ataque e infiltrações, mas os palestinianos e organizações internacionais de direitos humanos têm acusado os israelitas de uso excessivo da força.