ONU lamenta atrasos políticos e crescente insegurança no Mali

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, lamenta, num relatório trimestral sobre o Mali, os atrasos políticos na implementação do Acordo de Paz de 2015 e a crescente insegurança num país onde os "grupos terroristas estão a ganhar terreno".

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Lusa
02/01/2020 23:38 ‧ 02/01/2020 por Lusa

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De acordo com o documento entregue aos membros do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), citado pela France-Presse (AFP), António Guterres salienta que "a incerteza prevalece" em relação ao futuro das reformas políticas e que as próximas eleições parlamentares deverão ser organizadas este ano.

"Estou preocupado com os atrasos persistentes na implementação do Acordo de Paz", afirma o secretário-geral da ONU, destacando as dificuldades do "diálogo nacional inclusivo" e a "crescente insegurança" em todo o país, em particular a "falta de reafetação das forças de defesa e segurança" no norte do Mali.

Guterres acrescenta que "a deterioração da situação de segurança no Mali e na região do Sahel é alarmante", uma vez que "os grupos terroristas estão a ganhar terreno", enquanto os "ataques a forças de segurança nacionais e internacionais continuam inabaláveis".

Segundo o relatório, morreram 193 elementos do exército do Mali entre outubro e dezembro de 2019, correspondendo a um aumento de 116% em relação aos três meses anteriores.

Também no último trimestre do ano passado, foram contabilizados 68 ataques contra as forças da ONU, em oposição aos 20 ataques sofridos nos três meses precedentes.

Em relação ao processo político, o secretário-geral das Nações Unidas considerou que a "incerteza domina" as consequências do diálogo nacional inclusivo iniciado pelo Governo e o impacto numa reforma constitucional.

Em dezembro de 2019, membros das sociedades civil e política concluíram um trabalho com vista a novas eleições e a uma revisão da Constituição do país.

As discussões foram, contudo, bloqueadas pela maioria dos partidos da oposição.

"As diferenças entre as principais partes interessadas na direção das discussões podem dificultar a elaboração de recomendações concretas baseadas em consenso", conclui Guterres.

 

 

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