De acordo com a agência de notícias AFP, também devem participar nas cerimónias fúnebres Hadi al-Ameri, líder do grupo pró-Irão no Parlamento iraquiano, assim como o ex-primeiro-ministro iraquiano Nouri al-Maliki e vários líderes da fação xiita pró-iraniana.
Uma reunião agendada no parlamento foi adiada para domingo, para que os deputados também possam comparecer às cerimónias.
O comandante da força de elite iraniana Al-Quds, o general Qassem Soleimani, morreu na sexta-feira num ataque aéreo contra o aeroporto internacional de Bagdad que o Pentágono declarou ter sido ordenado pelo Presidente dos Estados Unidos.
No mesmo ataque morreu também o 'número dois' da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque, Abu Mehdi al-Muhandis, conhecida como Mobilização Popular [Hachd al-Chaabi], além de outras seis pessoas.
O ataque ocorreu três dias depois de um assalto inédito à embaixada norte-americana que durou dois dias e apenas terminou quando Trump anunciou o envio de mais 750 soldados para o Médio Oriente.
O ataque já suscitou várias reações, tendo quatro dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas -- Rússia, França, Reino Unido e China - alertado para o inevitável aumento das tensões na região e pedem as partes envolvidas que reduzam a tensão. O quinto membro permanente do Conselho de Segurança da ONU são os Estados Unidos.
No Irão, o sentimento é de vingança, com o Presidente e os Guardas da Revolução a garantirem que o país e "outras nações livres da região" vão vingar-se dos Estados Unidos.
Também o líder supremo do Irão, o ayatollah Ali Khamenei, prometeu vingar a morte do general e declarou três dias de luto nacional, enquanto o chefe da diplomacia considerou que a morte como "um ato de terrorismo internacional".
Do lado iraquiano, o primeiro-ministro iraquiano demissionário advertiu que este assassínio vai "desencadear uma guerra devastadora no Iraque" e o grande ayatollah Ali al-Sistani, figura principal da política iraquiana, considerou o assassínio do general iraniano Qassem Soleimani "um ataque injustificado" e "uma violação flagrante à soberania iraquiana".