Debandada em enterro de Soleimani faz dezenas de mortos. Funeral adiado

O incidente ocorreu na cidade natal do general Qassem Soleimani, em Kerman, e motivou o adiamento do enterro.

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Sara Gouveia
07/01/2020 09:30 ‧ 07/01/2020 por Sara Gouveia

Mundo

Irão

Ocorreu uma debandada na procissão fúnebre do general Qassem Soleimani, o comandante da força de elite iraniana Al-Quds, morto na passada sexta-feira numa operação de retaliação dos Estados Unidos, e segundo a televisão estatal iraniana há registo de pelo menos 40 mortos, número que tinha sido entretanto revisto em baixa para 32, mas agora atualizado novamente.

O incidente terá ocorrido na cidade natal de Soleimani, em Kerman, no sul do Irão.

A estação de televisão, citada pela Associated Press, refere que os serviços de emergência iranianos registam ainda pelo menos 213 feridos.

Segundo a BBC, a tragédia motivou o adiamento do enterro de Soleimani e, segundo responsáveis governamentais, será anunciada uma nova hora mais tarde.

A procissão em Teerão, na segunda-feira, atraiu milhares de pessoas à capital, ocupando várias ruas principais e secundárias.

Recorde-se que a escalada de tensão teve início quando o general Qassem Soleimani morreu na sexta-feira num ataque aéreo contra o carro em que seguia, junto ao aeroporto internacional de Bagdad, ordenado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O ataque ocorreu três dias depois de um assalto inédito à embaixada norte-americana que durou dois dias e só terminou quando Trump anunciou o envio de mais 750 soldados para o Médio Oriente.

O Irão prometeu vingança e anunciou no domingo que deixará de respeitar os limites impostos pelo tratado nuclear assinado em 2015 com os cinco países com assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas - Rússia, França, Reino Unido, China e EUA - mais a Alemanha, e que visava restringir a capacidade iraniana de desenvolvimento de armas nucleares. Os Estados Unidos abandonaram o acordo em maio de 2018.

No Iraque, o parlamento aprovou uma resolução em que pede ao Governo para rasgar o acordo com os EUA, estabelecido em 2016, no qual Washington se compromete a ajudar na luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico e que justifica a presença de cerca de 5.200 militares norte-americanos no território iraquiano.

[Notícia atualizada às 12h15 com nova informação]

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