"O mais fraco dos treze cenários é um pesadelo histórico para os Estados Unidos", advertiu Shamkhani, assinalando que "a vingança não inclui apenas uma operação".
O responsável assegurou que "todas as forças do Eixo da Resistência se vão vingar", numa alusão a grupos aliados do Irão como o movimento xiita libanês Hezbollah, o iraquiano Forças de Mobilização Popular (Hachd al-Chaabi), o iemenita Ansarullah (rebeldes Huthis) e o palestiniano Hamas.
Indicou ainda que o Irão vigia as várias bases norte-americanas na região e as suas tropas, que as autoridades persas exigem que abandonem o Médio Oriente.
"Se as tropas norte-americanas não saírem da nossa região pelo seu próprio pé e em posição vertical, faremos com que os seus cadáveres saiam de modo horizontal", ameaçou Shamkhani.
O secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional iraniano afirmou que a mensagem da República Islâmica é clara: "Os Estados Unidos assassinaram um herói nacional e não podemos ficar indiferentes".
O parlamento iraniano aprovou hoje por unanimidade uma moção denominada "dura vingança" que qualifica o Pentágono e o exército dos Estados Unidos como forças terroristas, o que abre caminho a ações retaliatórias.
Soleimani, o principal general iraniano, comandante da Força Quds, encarregada das operações no estrangeiro dos Guardiães da Revolução, morreu no sábado num ataque aéreo norte-americano em Bagdad, no qual também foi morto o 'numero dois' das Forças de Mobilização Popular, Abu Mehdi al-Muhandis.
O funeral de Soleimani decorreu hoje na sua cidade natal, Kerman (sul), onde se registou uma debandada que matou pelo menos 30 pessoas.