EUA vão participar no inquérito ao acidente do avião ucraniano em Teerão

A agência norte-americana para a segurança dos transportes, a NTSB, anunciou que vai participar no inquérito ao acidente do Boeing ucraniano, em Teerão, na quarta-feira.

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Lusa
10/01/2020 06:01 ‧ 10/01/2020 por Lusa

Mundo

EUA/Irão

A agência indicou, na quinta-feira à noite, ter recebido uma notificação das autoridades aéreas civis do Irão para averiguar sobre as causas do acidente.

"A NTSB continua a seguir a situação em torno do acidente e a avaliar o seu nível de participação no inquérito. Como em qualquer inquérito no qual a NTSB participe, a agência não vai especular sobre as causas do acidente", disse, em comunicado

Ao abrigo das regras da Organização da Aviação Civil Internacional, a NTSB designou um representante para o inquérito à catástrofe, que causou a morte de todas as 176 pessoas a bordo, na maioria iranianos e canadianos.

Também na quinta-feira, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, tinha afirmado que o Boeing 737-800 da companhia aérea privada ucraniana Ukraine International Airlines (UIA) tinha sido, sem dúvida, abatido por um míssil iraniano, provavelmente por engano, de acordo com os serviços de informações canadianos e aliados.

O Irão pediu de imediato ao Canadá para partilhar essas informações, alegando "cenários duvidosos".

Por seu lado, o Presidente dos Estados Unidos manifestou dúvidas sobre a tese de um problema mecânico. "Sinto que alguma coisa terrível aconteceu", disse Donald Trump, ao referir um "possível erro".

O aparelho descolou de Teerão, com destino a Kiev, despenhando-se dois minutos após a descolagem.

A Ucrânia enviou para Teerão uma equipa de 45 investigadores para estudar as causas do desastre aéreo.

A tese de que a aeronave foi derrubada por balística iraniana também é partilhada pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que disse ter "um conjunto de informações" de que o Boeing 737 ucraniano foi "abatido por um míssil iraniano terra-ar".

Quatro oficiais norte-americanos que falaram sob a condição de anonimato, citados pela agência de notícias Associated Press, referiram que o avião ucraniano poderá ter sido confundido como uma ameaça por parte de Teerão.

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