EUA convidam Netanyahu e Gantz para debater processo de paz com Palestina

O vice-Presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, convidou hoje o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e o rival político deste, Benny Gantz, a irem a Washington na próxima semana para discutir a "perspetiva de paz" com os palestinianos.

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© Reuters

Lusa
23/01/2020 19:23 ‧ 23/01/2020 por Lusa

Mundo

Diplomacia

"O Presidente [Donald] Trump pediu-me para convidar o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, para a Casa Branca, durante a próxima semana, para discutir questões regionais [do Médio Oriente] e a perspetiva de paz na Terra Santa", afirmou Pence, citado pela agência France-Presse.

As declarações de Pence ocorreram depois da intervenção que fez nas comemorações dos 75 anos da libertação do campo de concentração nazi de Auschwitz.

O vice-Presidente norte-americano também convidou o principal opositor político de Netanyahu para participar na reunião que tem como objetivo encontrar um caminho pacífico para a resolução do conflito entre Israel e a Palestina.

Também hoje Mike Pence e Benjamin Netanyahu fizeram apelos à comunidade internacional contra o Irão.

O vice-Presidente dos Estados Unidos pediu à comunidade internacional para se "manter firme" contra o Estado iraniano e o chefe do Governo de Ancara solicitou medidas rápidas "contra os tiranos de Teerão", por parte dos aliados, para evitar "outro holocausto".

"Precisamos de nos preparar para enfrentar a onda de antissemitismo (...). Temos de nos manter firmes perante aquele que é o mais antissemita dos países", disse Mike Pence, lembrando a necessidade de impedir o Irão de desenvolver o seu programa nuclear, que tornaria aquele país uma séria ameaça para o mundo.

Benjamin Netanyahu já tinha alertado para a possibilidade de a ameaça nazi se repetir, pela mão do regime de Teerão, explicando que o seu programa nuclear pode ameaçar a própria existência do estado hebraico.

Teerão tem negado pretender desenvolver um programa nuclear para fins militares, mas Israel e Estados Unidos consideram seriamente essa hipótese e Donald Trump abandonou o acordo nuclear com o Irão, acusando o regime de não cumprir as diretrizes do tratado, tendo desde então aplicado severas sanções económicas.

Nas últimas semanas, a tensão aumentou entre os dois países, depois de os Estados Unidos terem assassinado um alto comandante iraniano, no Iraque, que provocou uma retaliação por parte do Irão, que atacou várias bases militares iraquianas onde estão destacados militares norte-americanos.

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