Número de infetados na China supera epidemia da SARS que fez 774 mortos

O número de infeções pelo novo coronavírus na China excedeu o da epidemia da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) no país entre 2002 e 2003, que matou 774 pessoas em todo o mundo, segundo dados oficiais hoje divulgados.

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Lusa
29/01/2020 06:04 ‧ 29/01/2020 por Lusa

Mundo

Coronavírus

As autoridades de saúde chinesas anunciaram 5.974 casos confirmados de contaminação na China continental, mais 1.400 em relação a terça-feira, e elevaram o número de mortes para 132.

O vírus da SARS tinha infetado 5.327 pessoas no país e causado a morte a 774 pessoas em todo o mundo, dos quais 648 na China, incluindo Hong Kong.

Além do território continental da China, de França e Alemanha, também foram reportados casos de infeção em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, Austrália e Canadá.

O novo coronavírus provocou a morte a mais 25 pessoas na província de Hubei, na China, aumentando para 132 o número de mortos no país devido ao surto que começou na cidade de Wuhan.

Vários países já começaram o repatriamento de cidadãos de Wuhan, cidade que foi colocada sob quarentena, na semana passada, com saídas e entradas interditadas pelas autoridades durante um período indefinido, situação que afeta 56 milhões de pessoas.

A União Europeia (UE) envia hoje o primeiro de dois aviões à região chinesa de Wuhan para repatriar 250 franceses e outros 100 cidadãos europeus que o solicitem, "independentemente da nacionalidade". O Governo português já anunciou que quer retirar por via aérea os portugueses retidos em Wuhan.

Um avião fretado pelo Governo japonês transportando 216 pessoas retiradas da cidade já chegou a Tóquio.

Um avião com pessoal diplomático dos Estados Unidos e outros cidadãos norte-americanos também saiu de Wuhan, devendo chegar hoje ao aeroporto internacional de Ontário, na Califórnia.

O Canadá está a estudar todas as opções para repatriar os 126 canadianos que vivem na região.

As autoridades chinesas admitiram que a capacidade de propagação do vírus se reforçou.

As pessoas infetadas podem transmitir a doença durante o período de incubação, que demora entre um dia e duas semanas, sem que o vírus seja detetado.

Os sintomas associados à infeção são mais intensos do que uma gripe e incluem febre, dor, mal-estar geral e dificuldades respiratórias. 

 

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