"Jerusalém é sagrada para os muçulmanos. O plano visando dar Jerusalém a Israel é absolutamente inaceitável", declarou Erdogan, citado pela agência estatal Anadolu.
"É um plano que visa legitimar a ocupação israelita", adiantou.
Divulgado na terça-feira por Trump ao lado do primeiro-ministro israelita em funções, Benjamin Netanyahu, o plano prevê a anexação de partes da Cisjordânia ocupada e suscitou a aprovação de numerosos israelitas e a cólera dos palestinianos.
Entre os numerosos pontos sensíveis do plano está a anexação por Israel dos colonatos que criou na Cisjordânia ocupada desde 1967, em particular no vale do Jordão, que deve tornar-se a fronteira oriental de Israel.
"O plano visa impor aos palestinianos um novo facto consumado", considerou Erdogan.
"Mesmo que alguns países árabes lhes virem as costas, nós continuaremos a insistir junto das instituições internacionais para defender o direito dos palestinianos e de Jerusalém", disse ainda.
Defensor da causa palestiniana, Erdogan critica regularmente a política israelita, bem como a da administração Trump em relação aos territórios palestinianos.
Ancara criticou assim fortemente a transferência da embaixada norte-americana de Telavive para Jerusalém em 2018.