Afinal, o Governo brasileiro prevê repatriar 34 pessoas que estão na região de Wuhan, foco do surto do novo coronavírus na China, avançou, esta quarta-feira, a Globo.
No entanto, o órgão de comunicação social ressalva que este número poderá ainda aumentar.
Inicialmente, estava previsto o regresso de 29 brasileiros. Contudo, desistências e novos interessados terão mudado o total de repatriados.
É de recordar que, inicialmente, o Executivo brasileiro anunciou que não iria ajudar nenhum cidadão em Wuhan a regressar ao Brasil. Na altura, o chefe de Estado Jair Bolsonaro alegou que não iria colocar em risco as pessoas do seu país "por uma família apenas", numa alusão a um casal e respetivo filho que foram infetados com o vírus. Esta semana, o Governo mudou de ideias e anunciou que o Brasil estava a criar um plano para repatriar cidadãos brasileiros.
Esta terça-feira, o ministro da Defesa do Brasil, Fernando Azevedo e Silva, detalhou que vão partir de Brasília com destino à China duas aeronaves que farão o repatriamento de brasileiros que queiram sair do país asiático devido ao novo coronavírus.
Antes de chegar a Wuhan, principal foco do surto da doença, cuja data prevista para aterrar é na madrugada de sexta-feira, os aviões deverão fazer escalas em Fortaleza (Brasil), Las Palmas (Espanha), Varsóvia (Polónia) e noutra cidade da China, cujo nome não foi revelado.
Após a chegada a território brasileiro, o grupo de repatriados será imediatamente encaminhado para a cidade de Anápolis, no estado de Goiás, onde terá lugar o período de quarentena, que durará 18 dias.
A China elevou hoje para 549 mortos vítimas do surto de pneumonia provocado por um novo coronavírus (2019-nCoV) detetado em dezembro passado, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro), colocada sob quarentena.