Sanders e Buttigieg na 'pole position' para New Hampshire
O senador Bernie Sanders e o ex-autarca Pete Buttigieg são os candidatos mais bem posicionados nas sondagens para a primária do Estado do New Hampshire no Partido Democrata dos EUA, que se realiza hoje.
© Getty Images
Mundo EUA/Eleições
Depois de um turbulento 'caucus' no Estado de Iowa, com dificuldades na contagem de votos, na passada semana, os democratas procuram relançar a campanha presidencial sem problemas logísticos ou polémicas que ensombrem a eleição em New Hampshire.
As sondagens mais recentes indicam que os dois candidatos mais votados no Iowa, Pete Buttigieg e Bernie Sanders, que saíram praticamente empatados do 'caucus', são os mesmos que aparecem à frente na intenção de voto para New Hampshire.
O resultado no Iowa e as sondagens para a eleição de hoje em New Hampshire mostram como os eleitores Democratas parecem estar a ser sensíveis à mensagem de Bernie Sanders, que tem apresentado estas primárias como a escolha entre uma "revolução" no partido, capaz de o catapultar da letargia em que ficou após a eleição de Trump, e o 'status quo', protagonizado pela candidata de 2016, Hillary Clinton, e por Joe Biden.
A senadora Elizabeth Warren, que aparece em terceiro lugar nas sondagens para a eleição de hoje, representa a solução de compromisso entre as duas opções, apesar de os eleitores Democratas ainda terem um vasto leque de 11 candidatos ativos em campanha.
Nas hostes mais moderadas do Partido Democrata, o debate dos últimos dias centrou-se na questão de conhecer as implicações de uma eventual escolha de Bernie Sanders como candidato presidencial, tendo em conta as suas posições mais radicais em áreas como a saúde ou a economia.
Essa ala moderada interroga-se agora se deve colocar-se ao lado de Buttigieg ou de Joe Biden, apesar de os estudos indicarem que este último é aquele com mais potencial para conseguir derrotar Trump, nas eleições de novembro próximo.
Os comícios no New Hampshire, no fim de semana, mostraram que os temas mais caros aos Democratas continuam a ser o futuro dos serviços de assistência médica e o seu financiamento, que dividem posições dentro do partido e têm dado mais destaque às propostas de Sanders e Warren.
Por isso, nas últimas horas, Joe Biden lançou uma forte campanha de tempo de antena nos 'media' norte-americanos, sobretudo dirigida contra Pete Buttigieg, lembrando a sua inexperiência em política nacional (ele foi até há pouco 'mayor' de South Bend, no Indiana) e atacando as suas propostas mais socialmente liberais (se for eleito, ele será o primeiro Presidente assumidamente homossexual).
Reforçando o seu estatuto de favorito desta fase inicial de primárias democratas, Buttigieg foi também o alvo preferencial de Bernie Sanders, que o criticou por receber avultados donativos de militantes milionários.
Sanders recorda que apenas recebe pequenos donativos e que essa questão o separa dos outros candidatos, nomeadamente de Michael Bloomberg, o bilionário e ex-'mayor' de Nova Iorque, que declarou não aceitar nenhum donativo, suportando-se na sua própria fortuna.
Bloomberg, que entrou mais tarde na corrida eleitoral, não vai a votos no New Hampshire, reservando-se para a "super terça-feira", um dia em que vários Estados vão a votos em simultâneo e onde todos os equilíbrios de forças podem mudar.
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