Já há mais novos casos de infeção fora da China do que dentro, alerta OMS

A Organização Mundial de Saúde (OMS) informa que desde esta terça-feira, dia 25, que os novos casos de infeção são, pela primeira vez, mais fora do China do que dentro. O que se revela como uma mudança na disseminação do vírus Covid-19.

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Ana Lemos
26/02/2020 12:33 ‧ 26/02/2020 por Ana Lemos

Mundo

Coronavírus

No briefing da OMS, realizado esta quarta-feira, é anunciado que a propagação do vírus já ultrapassou as barreiras da China continental e está agora a disseminar-se agora por outros territórios, nomeadamente pelo Velho Continente. Aliás, informou o diretor-geral da OMSTedros Adhanom Ghebreyesus, o número de novos casos de infeção está a desacelerar em território chinês - onde o surto começou - e a aumentar fora.

Esta terça-feira, dia 25, registou-se pela primeira vez um número de novos casos de infeção mais elevado fora do que dentro da China.

No total, há neste momento, de acordo com dados da OMS, 2.790 casos confirmados em 37 países e 44 vítimas mortais. Em território chinês, há 78.190 casos de infeção reportados e 2.718 mortos.

"Ontem, o número de novos casos relatados fora da China excedeu pela primeira vez o número de novos casos na China. Os aumentos repentinos de casos na Itália, Irão e Coreia do Sul são profundamente preocupantes", alertou Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Perante este cenário, revelou o diretor-geral da OMS, "ontem, uma equipa conjunta da OMS e do Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças chegou a Roma para analisar as medidas de saúde pública implementadas e fornecer suporte técnico". Além disso, acrescentou, também "uma equipa da OMS viajará, este fim de semana, para o Irão para prestar apoio".

Tedros Adhanom Ghebreyesus disse ainda que face a este aumento de casos fora da China, a OMS está a ser "pressionada" para declarar oficialmente "uma pandemia", mas na opinião do diretor-geral da OMS "não devemos fazê-lo sem uma análise rigorosa e clara dos factos" e, além disso, lembrou, já foi declarada a "emergência de saúde pública internacional - o nosso nível mais elevado de alarme".

"Usar a palavra pandemia de forma descuidada não traz benefícios tangíveis, mas apresenta um risco significativo em termos de amplificação do medo e do estigma, [que são] desnecessários e injustificados" e "também pode indicar que não podemos conter o vírus, o que não é verdade. Estamos numa luta que pode ser vencida se fizermos as coisas certas", rematou Tedros Adhanom Ghebreyesus.

China com menos mortos em três semanas

De referir que a China reportou, esta quarta-feira, mais 52 mortos devido a infeção pelo coronavírus Covid-19, o que representa o menor aumento diário em três semanas, ao mesmo tempo que registou 406 novos casos, a maioria na província de Hubei, epicentro do surto.

Também o número de novos pacientes registou assim uma queda de 20%, em comparação com o dia anterior, enquanto o número de mortes caiu 27%.

Segundo os dados atualizados pela Comissão Nacional de Saúde da China, até à meia-noite de hoje (16h00 de terça-feira em Lisboa), o país somava um total de 2.715 mortos e 78.064 casos confirmados.

[Notícia atualizada às 12h48]

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