Donald Trump fez o anúncio durante uma conferência de imprensa na Casa Branca, em Washington, em que apareceu rodeado por diversos dirigentes de serviços e agências sanitárias.
O secretário da Saúde, Alex Azar, que falou a seguir a Trump, preveniu que o risco de propagação do Covid-19 nos EUA poderia "evoluir rapidamente".
Nas suas palavras, "o grau de risco é suscetível de evoluir rapidamente e pode-se esperar ver mais casos nos EUA".
Na terça-feira, o Centro de Controlo de Doenças preveniu os norte-americanos para que se preparassem para um surto da doença.
Durante a sua declaração, Trump elogiou as ações do seu Governo para lutar contra a epidemia, como as restrições a que estão sujeitos os viajantes provenientes da China.
"Graças a tudo o que fizemos, o risco para os norte-americanos é muito fraco", disse, sublinhando que as suas decisões tinham sido qualificadas de "ridículas" pelos seus adversários.
Com a intenção de procurar minimizar os medos de propagação generalizada do novo coronavírus nos EUA, Trump declarou que o país está "muito, muito pronto" para o que quer que seja que a ameaça do vírus traga.
"Estamos muito, muito prontos para isto, para qualquer coisa", mesmo que seja "algo de grandes proporções", acrescentou Trump.
Esta prontidão foi ilustrada pelo Presidente norte-americano com a vontade de gastar "o que for apropriado", mesmo que isso signifique os milhares de milhões de dólares a mais que os democratas consideram necessários.
No início da semana, Trump disse ao Congresso que o Governo precisava de 2,5 mil milhões de dólares (2,3 mil milhões de euros) para combater o novo coronavírus.
O líder dos democratas no Senado, Chuck Schumer, eleito pelo estado de Nova Iorque, avançou um plano de 8,5 mil milhões de dólares.
O plano dos democratas inclui 4,5 mil milhões para o Departamento de Saúde conter a epidemia nos EUA, mil milhões para desenvolver e produzir uma vacina, mais mil milhões para ajudar outros países e dois mil milhões para reembolsar Estados norte-americanos pelos custos que incorreram no combate à doença.
Esta semana, o chefe do serviço de doenças infecciosas daquele departamento, Anthony Fauci, avisou os jornalistas de que seria necessário, no melhor cenário, "um ano a um ano e meio" antes de qualquer vacina estar disponível para uso generalizado.
Fauci adiantou que apesar de só existirem alguns casos nos EUA, de pessoas que vieram do estrangeiro, "é preciso pensar na resposta a dar a um surto epidémico".
Na sua opinião, a situação "é muito clara: se temos uma pandemia global, nenhum país vai ficar sem impacto".