A votação essencial para a aprovação final das contas do Estado até ao final do verão, incidiu sobre o limite máximo dos gastos do Estado e os objetivos de redução do défice orçamental e da dívida pública e acontece no dia seguinte à primeira reunião do processo de diálogo político entre Madrid e os separatistas catalães.
O texto foi aprovado com 168 votos a favor, 150 contra e 19 abstenções, entre estas últimas a dos 13 deputados da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC), um dos dois principais partidos pró-independência, que foi quem exigiu o início da chamada "mesa de diálogo" com Madrid para continuar a apoiar o governo minoritário socialista do primeiro-ministro Pedro Sánchez.
"Nem o vosso limite de despesas nem os vossos objetivos de défice nos agradam (...), mas viemos a Madrid para resolver um conflito político" na Catalunha, disse a deputada da ERC Joan Margall no debate que antecedeu a votação.
A independentista avisou que, "com o nosso voto", estavam a "dar uma margem de confiança para que o diálogo e a negociação possam avançar".
Um chumbo na votação de hoje poderia implicar o fim de uma série de programas de gastos sociais prometidos e obrigar a uma nova ida às urnas, uma situação idêntica à que se passou em 2019, quando a ERC votou contra as contas públicas e precipitou as eleições que se realizaram em abril de 2019.