O porta-voz do Ministério da Saúde, Kianouche Jahanpour, anunciou hoje mais nove mortos e 205 novos casos detetados. No total, 43 pessoas morreram e há 593 contaminados.
Os novos casos anunciados hoje representam o maior aumento diário divulgado pelas autoridades desde que foi comunicado a 19 de fevereiro que duas pessoas morreram devido à doença no Irão, na cidade de Qom.
Após ter sido acusado de minimizar o balanço da epidemia e de gerir mal a situação, o governo iraniano prometeu maior transparência.
Em conferência de imprensa, o mesmo porta-voz admitiu a possibilidade de "dezenas de milhares" puderem vir a fazer testes.
O número de vítimas mortais do coronavírus no Irão é o mais elevado a seguir ao da China, onde a epidemia surgiu no final de 2019.
Kianouche Jahanpour acusou os 'media' estrangeiros de divulgarem informações falsas sobre a epidemia, citando "rumores, informações falsas e contraditórias" e acusou o serviço da BBC em persa de "se aliar aos inimigos regionais do Irão para a propagação de mentiras".
Na sexta-feira, o referido serviço da BBC, citando fontes anónimas no seio do sistema de saúde iraniano, afirmou que pelo menos 210 pessoas tinham morrido no país devido ao Covid-19, sobretudo em Teerão e Qom.