O líder e fundador do culto religioso que está no centro do surto do Covid-19 na Coreia do Sul pediu perdão durante uma conferência de imprensa, avança a Sky News. Lee Man-hee, um autoproclamado Messias, curvou-se por duas vezes numa demonstração tradicional de arrependimento.
“Fizemos o nosso melhor mas não conseguimos travar a propagação do vírus (…) Ao mesmo tempo peço perdão. Nunca pensei que isto pudesse acontecer, nem nos meus sonhos”, frisou o líder da Igreja de Jesus Shincheonji, que descreveu a epidemia como uma “grande calamidade”.
Uma das seguidoras deste culto, conhecida como paciente 31, contagiou várias pessoas da Igreja de Jesus Shincheonji e contribuiu de forma significativa para a propagação do Covid-19 na Coreia do Sul.
O papel do culto no surto do novo coronavírus está a revoltar a população sul-coreana. A conferência de imprensa teve lugar numa das instalações da igreja. No exterior estiveram centenas de polícias por uma questão de segurança.
Os procuradores sul-coreanos estão a considerar abrir uma inquérito por homicídio face às alegações de que o culto recusou cooperar com as autoridades nos esforços para impedir a propagação da doença.
Na Coreia do Sul já se registaram mais de 4.300 casos de Covid-19 e morreram pelo menos 26 pessoas.