Os Estados Federados da Micronésia, uma nação composta pelos Estados-ilha de Pohnpei, Kosrae, Cuuk e Yap, no Pacífico, aplicam uma restrição que abrange já mais de uma centena de países onde existem casos confirmados.
Quem quiser entrar na Micronésia tem primeiro de demonstrar que esteve pelo menos 14 dias num país livre do vírus.
As restrições implicam igualmente os próprios cidadãos que estão proibidos de viajar para países afetados.
As restrições são igualmente significativas noutros países do Pacífico Sul, uma das regiões do mundo onde não há ainda casos registados do Covid-19, com exceção para os casos detetados na Austrália e na Nova Zelândia.
Vários países optaram por ter uma longa lista de países de onde são proibidos visitantes e, em alguns casos, até os próprios cidadãos.
As Ilhas Salomão, Cook, Samoa e Kiribati recusam a entrada de cidadãos que tenham estado em países onde há Covid-19, com várias a cancelar igualmente várias visitas previstas de cruzeiros.
Recentemente, o próprio ministro do Comércio da Samoa, que tinha vindo de um país afetado, foi impedido de entrar e deportado para Fiji.
Responsáveis de saúde notam a dificuldade em conseguir conter um vírus que chegue a algumas das ilhas que estão, em muitos casos, bastante isoladas.
Casos de outras doenças, como ocorreu recentemente com um surto de sarampo em Samoa, mostram o risco de contágio.
Praticamente todos os países têm em vigor alguma forma de restrição, com uma lista a crescer quase diariamente e a ser atualizada pela International Air Transport Association -- disponível em https://www.iatatravelcentre.com/international-travel-document-news/1580226297.htm - com alguns países mais afetados.
Além da China, países como a Itália, Irão, Coreia do Sul e agora até Alemanha, França e Espanha, são atualmente alguns dos locais de origem com limitações na viagem para grande parte do mundo.
A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou cerca de 3.600 mortos entre mais de 109 mil pessoas infetadas numa centena de países e territórios.
Das pessoas infetadas, cerca de 60 mil recuperaram.
Depois de a China ter colocado 60 milhões de pessoas em quarentena para tentar travar a epidemia, a Itália anunciou uma medida idêntica no norte do país, que pode afetar cerca de 16 milhões de pessoas em cidades como Milão, Veneza ou Parma.
A Itália registou já 233 mortos em quase seis mil pessoas detetadas com o novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.