O protesto, a oeste de capital, Díli, ocorreu depois de notícias que davam conta de que a região poderia ser usada para instalar o centro de quarentena para pessoas que tenham estado em contacto com pessoas que eventualmente testem positivo ao novo coronavírus.
O jornal Timor Post noticiou que o protesto espontâneo ocorreu depois de suspeita dos planos do Governo serem conhecidos para aquela área.
Uma residente da zona expressou a oposição à proposta do Governo, criticando o facto da zona de Tibar acolher já vários centros, incluindo uma casa de recuperação para doentes infetados com SIDA e uma organização de apoio à recuperação de tuberculose.
"A TB [tuberculose] em Tibar, a SIDA em Tibar, os deficientes em Tibar e agora também o coronavírus vem para Tibar. E a comunidade de Tibar não tem opinião sobre isso", questionou a residente.
O jornal referiu que está já a ser preparado um encontro das autoridades de saúde com a população local para debater o assunto.
Residentes noutras zonas, como em Metinaro, a leste de Díli, e na zona de Vera Cruz, no centro da capital, também têm protestado contra essa possibilidade.
Nos últimos dias, as autoridades timorenses têm estado a intensificar as medidas de preparação para o caso do novo coronavírus se confirmar em Timor-Leste, nomeadamente no que se refere aos locais que vão ser usados para isolamento e quarentena.
Até ao momento há apenas registo de um caso suspeito em Timor-Leste, um cidadão italiano que está em isolamento numa clínica de Díli desde o final da semana passada, à espera do resultado do teste.