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França passa a proibir eventos com mais de 100 pessoas

França limitou hoje ainda mais o número de pessoas que podem estar concentradas num único local, passando a proibir eventos no país com mais de 100 pessoas, em vez das anteriores 1.000, para "travar" a progressão do novo coronavírus.

França passa a proibir eventos com mais de 100 pessoas
Notícias ao Minuto

14:06 - 13/03/20 por Lusa

Mundo Pandemia

"Vamos passar o limite para eventos de 100 pessoas. A ideia é garantir que podemos travar a progressão, a circulação do vírus", anunciou o primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, em declarações à estação de televisão TF1.

Édouard Philippe precisou que esta medida é para ser aplicada em todo o território francês e que entra hoje em vigor.

"Obviamente que (a medida) terá consequências importantes para os teatros, para os cinemas", reconheceu o chefe do Governo francês.

Questionado sobre eventos específicos, como é o caso de casamentos, Édouard Philippe respondeu: "O nosso objetivo é proteger a saúde dos franceses, em qualquer caso, mas é também preservar a continuidade da vida da Nação".

No domingo, o executivo francês tinha anunciado, através do ministro da Saúde, Olivier Véran, a proibição até 15 de abril de todos eventos e reuniões com mais de 1.000 pessoas, tanto em recintos fechados como em áreas ao ar livre.

França também consta entre os países que decretaram o encerramento de escolas, creches e universidades.

Numa mensagem ao país, o Presidente francês, Emmanuel Macron, pediu na quinta-feira às pessoas com mais de 70 anos e com doenças crónicas que não saiam de casa para além do que é necessário.

Na mesma mensagem, o governante anunciou que a primeira volta das eleições municipais francesas, agendada para o próximo domingo, não será adiada.

Em França estão confirmados mais de 2.800 casos de infeção e cerca de 60 mortes associadas ao novo coronavírus.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou, na quarta-feira, a doença Covid-19 (designação da doença causada pelo novo coronavírus) como pandemia, justificando tal denominação com os "níveis alarmantes de propagação e de inação".

O surto de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.900 mortos em todo o mundo.

O número de infetados ultrapassou as 131 mil pessoas, com casos registados em mais de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 112 casos confirmados.

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