Em plena campanha eleitoral, num exercício que, muitas vezes, visa aproximar os candidatos dos eleitores, com os políticos a cumprimentarem os seus apoiantes, com comícios com centenas de pessoas ou mesmo atos públicos que movimentam multidões, os Estados Unidos vão passar a um outro tipo de iniciativa política.
Segundo o que é relatado pela imprensa internacional, nomeadamente pelo El País, os diversos candidatos estudam a possibilidade de, por culpa do novo coronavírus, a campanha se desenrolar agora apenas através das redes sociais ou meios digitais.
A ideia será evitar ao máximo contactos públicos que levem à propagação do vírus, optando-se assim por discursos políticos através de videoconferência, ou tentativas de persuasão para tentar conseguir apoio político e financeiro por telefone.
No Louisiana, por exemplo, as primárias estaduais, programadas para o período para 4 de abril, foram passadas para junho, confirma a NBC, situação que se prende com uma tentativa de travar o número de contágios nesta zona dos Estados Unidos.
Joe Biden, de 77 anos, candidato democrata, tinha agenda cheia para esta sexta-feira, com ações de angariação de fundos e encontros com os seus apoiantes em Chicago, Illinois, mas o candidato cancelou toda a sua agenda e decidiu montar um evento virtual com perguntas dos seus seguidores através de mensagens de texto. Bernie Sanders, outro dos candidatos, suspendeu também toda a sua agenda, informando o seu pessoal de campanha que deveria trabalhar a partir de casa.