Zelensky convida Trump a visitar a Ucrânia: "Só quero um diálogo"

O Presidente ucraniano reiterou hoje a disponibilidade para assinar o acordo proposto pelos EUA sobre os recursos naturais, mas sublinhou que não assina nada que ponha em risco o futuro dos ucranianos, e convidou Trump a visitar o país.

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Lusa
23/02/2025 16:23 ‧ há 4 horas por Lusa

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Ucrânia

"Não assinarei nada que tenha que ser pago por gerações e gerações de ucranianos", afirmou hoje Volodymyr Zelensky, numa conferência de imprensa em Kyiv, citado pela agência EFE, na véspera do dia em que se assinalam três anos da invasão russa da Ucrânia.

 

O Presidente ucraniano referia-se ao acordo proposto pelos Estados Unidos da América (EUA) para beneficiar de 50% dos recursos naturais ucranianos como pagamento pela assistência oferecida desde o início da invasão russa.

Zelensky voltou a afirmar o direito da Ucrânia de exigir as suas próprias condições no acordo, sublinhando que este deve ter em conta os interesses tanto de Washington como de Kyiv.

"Só quero um diálogo com o Presidente [Donald] Trump", disse.

Nesse sentido, levantou a hipótese de os recursos naturais que a Ucrânia poderia partilhar com os EUA incluírem os que se encontram em depósitos sob controlo russo. "Vamos fazer 50-50, incluindo os territórios ocupados", sugeriu, explicando que isso estimularia o interesse dos EUA em ajudar Kyiv a recuperar esses territórios.

O Presidente ucraniano convidou ainda o homólogo norte-americano a visitar a Ucrânia e manifestou a sua disponibilidade para se deslocar aos EUA para se encontrar com Trump.

A Ucrânia, assegurou, quer que a guerra termine, mas para aceitar um acordo de paz precisa de sólidas garantias de segurança dos seus aliados para evitar novas agressões militares russas no futuro.

O chefe de Estado ucraniano tem sido repetidamente atacado nos últimos dias pelo Presidente norte-americano, que esta semana o apelidou de "ditador sem eleições" por não ter realizado eleições em maio do ano passado, no final do seu mandato.

A lei ucraniana proíbe o voto enquanto a lei marcial estiver em vigor no país.

A aproximação entre Washington e Moscovo levou a maioria das capitais europeias a temer que a Rússia se torne ainda mais poderosa no continente.

Na segunda-feira, a Ucrânia assinala o terceiro aniversário do início da invasão russa, que desencadeou uma guerra com um balanço de perdas humanas e materiais de dimensão ainda não inteiramente apurada.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e militar dos aliados ocidentais.

Leia Também: Zelensky disposto a deixar presidência "pela paz da Ucrânia"

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