Em Lisboa (Portugal), largas centenas de ucranianos e alguns políticos e representantes do município uniram-se esta tarde exibindo cartazes a pedir o fim da guerra e a criticar a atual posição dos Estados Unidos da América (EUA).
"Não apoiem os terroristas", lia-se num cartaz com um desenho dos presidentes dos EUA e da Rússia, Donald Trump e Vladimir Putin, respetivamente, a cumprimentarem-se com um beijo.
Outros diziam "Russos, parem o Putin" ou ainda "A Ucrânia não está à venda", uma vez mais em crítica a Trump.
A manifestação na capital foi uma das várias promovidas hoje pela Associação dos Ucranianos em Portugal, em diferentes cidades, para assinalar o terceiro aniversário da guerra na Ucrânia lançada pela Rússia, em 24 de fevereiro de 2022.
Em Paris (França) foram milhares as pessoas que marcharam esta tarde em solidariedade com a Ucrânia, exigindo que o país não fique à margem das negociações de paz, numa altura em que os presidentes dos EUA e da Rússia iniciaram um diálogo bilateral.
A principal palavra de ordem ouvida desde o início da marcha entre a Praça da República e a Praça da Bastilha foi dirigida aos dois governantes: "Trump, Putin, nenhuma negociação sem a Ucrânia."
Em Barcelona (Espanha), cerca de 2.500 pessoas, segundo fonte policial, manifestaram-se numa marcha organizada pela comunidade ucraniana em Barcelona e na Catalunha.
À cabeça do desfile estavam uma grande faixa com a inscrição "Stand With Ukraine" (em português é utilizado o slogan "Juntos Pela Ucrânia") e a bandeira da União Europeia, e ao longo do percurso foram gritadas palavras de ordem como "Viva a Ucrânia livre", "A Ucrânia resiste, a Europa persiste" e "Tropas russas fora da Ucrânia".
Os participantes também carregavam faixas com frases como "Se a Ucrânia cair, quem será o próximo?", "Barcelona com a Ucrânia" e "Trump traidor, vá para o inferno".
A iniciativa contou com a presença do vice-presidente do Parlamento Europeu e eurodeputado do PSC Javi López e do cônsul ucraniano em Barcelona, Vitaly Tsumbaliuk, entre outros representantes políticos.
Em Bruxelas, na Bélgica, também mais de mil pessoas se manifestaram à tarde para apelar à União Europeia e a outros aliados um apoio contínuo à Ucrânia contra a agressão russa e ao alcance de uma "paz justa".
"Europa, acorda!", "A Ucrânia está a travar a nossa guerra!", "Levantem-se unidos, protejam a Europa!" e "Futuro europeu para a Ucrânia" eram algumas das inscrições nos cartazes na Praça Albertine.
Também em Amesterdão (Países Baixos) mais de mil pessoas marcharam erguendo a bandeira azul e amarela em solidariedade com a Ucrânia, numa iniciativa que contou com soldados ucranianos, deputados e o Governo.
O protesto foi organizado pela fundação Ukrainians in the Netherlands.
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, vai convocar uma cimeira extraordinária de líderes para 06 de março, dedicada à guerra na Ucrânia e à defesa, disseram hoje à Lusa fontes europeias.
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