"Se as condições são: 'não lhe daremos ajuda se não assinar um acordo', então fica claro", disse Zelensky durante uma conferência de imprensa no contexto de uma cerimónia, com outros membros do Governo em Kiev, assinalando três anos da invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia.
"Se formos forçados e não pudermos passar sem ele [esse acordo], então provavelmente devemos ir em frente [...]. Eu só quero um diálogo com o Presidente Trump", disse.
O governo de Donald Trump pressionou Zelensky a assinar um acordo que permitiria o acesso dos Estados Unidos a minerais raros em solo ucraniano, como forma de compensação pela assistência norte-americana a Kiev para se defender dos ataques da Rússia.
Zelensky inicialmente recusou a ideia, argumentando que os Estados Unidos não davam à Ucrânia as garantias de segurança necessárias para dissuadir os ataques russos.
Hoje, o Presidente ucraniano disse que estava aberto a negociar um acordo, mas que a soma de 500 mil milhões de dólares inicialmente proposta pelo governo Trump não era aceitável.
O envolvimento de Trump com autoridades russas e o seu acordo para retomar laços diplomáticos e a cooperação económica com Moscovo, demonstrados nas últimas semanas, marcaram uma reviravolta dramática na política dos EUA que abalou os líderes na Ucrânia e toda a Europa.
Nos últimos dias, líderes europeus esforçaram-se por estruturar uma resposta às mudanças políticas da administração Trump face à guerra na Ucrânia e criar um mecanismo para continuar a apoiar Kiev se a ajuda de Washington falhar.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e outros altos funcionários da União Europeia devem chegar a Kiev na segunda-feira para conversas com o governo da Ucrânia.
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