"Este resultado é um ponto de viragem. Este resultado vai exigir mudanças radicais no SPD", defendeu Klingbeil na sede do SPD em Berlim, após a divulgação das projeções, segundo as quais o Partido Social-Democrata da Alemanha terá entre 16 e 16,5%, o pior resultado em 161 anos de história.
Pela primeira vez, o partido não está entre as duas forças políticas mais votadas numas eleições legislativas, superado pelos conservadores da CDU, com cerca de 29%, e pela extrema-direita do Alternativa para a Alemanha (AfD), com quase 20%.
Também a outra copresidente do SPD, Saskia Esken, admitiu que o partido precisa de se reorganizar, tanto em termos de "conteúdo como de pessoal".
Outras das figuras proeminentes do SPD, o ministro da Defesa cessante, Borius Pistorius, apontado como grande candidato à sucessão de Sholz na liderança dos socialistas alemães, rejeitou hoje especular sobre esse cenário, mas classificou o resultado alcançado como "catastrófico" e "devastador" e admitiu que "o partido terá de decidir com que equipa vai enfrentar os próximos meses e anos".
Pistorius disse esperar fazer pater da equipa da negociação do SPD para eventuais, e mais do que prováveis, negociações de coligação com os conservadores da CDU liderados pelo futuro chanceler Friedrich Merz.
O próprio líder do SPD, Olaf Scholz admitiu hoje que os resultados eleitorais são "uma derrota histórica" e disse que assume a responsabilidade pela "derrota amarga".
Escusando-se a falar do seu futuro, abriu, no entanto, a porta da saída, ao afirmar que se (re)candidatou "ao cargo de chanceler, e não a qualquer outro cargo governamental".
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