Macedónia do Norte vai encerrar as fronteiras

A Macedónia do Norte encerrou hoje as suas fronteiras devido à pandemia do novo coronavírus, com 26 contágios confirmados até ao momento neste país do sul dos Balcãs.

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© REUTERS/Susana Vera

Lusa
17/03/2020 14:54 ‧ 17/03/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

 

O Aeroporto internacional de Skopje vai encerrar na noite de quinta-feira os voos comerciais, apesar de continuar a funcionar para as necessidades médicas ou diplomáticas, entre outras, anunciou o ministro da Saúde, Venko Filipche.

As companhias de transporte também têm prosseguido da sua atividade para abastecer o setor comercial.

"Os camiões e pessoas a quem seja permitida a entrada serão escoltados seguindo o protocolo do Ministério da Saúde", acrescentou.

Por sua vez, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Nicola Dimitrov, exortou os macedónios que se encontram no estrangeiro a não regressarem ao país.

"Não viagem. O que planeiam vir até aqui, é melhor que não o façam porque existe a incerteza sobre se poderão chegar. Não controlamos as fronteiras de outros países", afirmou Dimitrov.

Na sexta-feira, o Governo declarou o estado de emergência em dois municípios devido ao aumento dos casos de coronavírus e bloqueou o movimento de pessoas nessas zonas.

Desde a semana passada permanecem encerradas as creches, escolas, universidades, cafés, restaurantes, cinemas, teatros, centros desportivos e outros locais de reunião.

À margem das diversas medidas de exceção, o Governo da Macedónia do Norte agradeceu hoje à Espanha que o seu Senado tenha votado o protocolo internacional sobre a adesão desta antiga república jugoslava à NATO, sendo o último Estado-membro que faltava para ratificar o processo.

A Macedónia converte-se assim no 30.º membro da aliança político-militar ocidental.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 180 mil pessoas, das quais mais de 7.000 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 145 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Depois da China, que regista a maioria dos casos, a Europa tornou-se o epicentro da pandemia, com mais 67 mil infetados e pelo menos 2.684 mortos.

A Itália com 2.158 mortos registados até segunda-feira (em 27.980 casos), a Espanha com 491 mortos (11.191 casos) e a França com 148 mortos (6.663 casos) são os países mais afetados na Europa.

Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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