O presidente do Estado da Palestina, Mahmoud Abbas, apelou, esta quarta-feira, ao grupo islamita palestiniano Hamas para que liberte os reféns israelitas que ainda são mantidos em Gaza.
"O Hamas tem dado como desculpa a ocupação criminosa para cometer crimes na Faixa da Gaza, sendo a mais proeminente o sequestro dos reféns", afirmou Abbas numa reunião em Ramallah, segundo a AFP.
E acrescentou: "Sou eu quem paga o preço, as nossas pessoas pagam o preço, não Israel. Apenas entreguem-nos".
De recordar que, na quinta-feira passada, o Hamas rejeitou uma proposta israelita para uma trégua de 40 dias na Faixa de Gaza, que implicaria a libertação de 11 reféns vivos no início e a entrega de 16 outros, mortos, ao fim de dez dias.
Segundo a proposta, Israel estipulou que o Hamas deveria fornecer "informações sobre todos os prisioneiros israelitas, vivos ou mortos, no quinto dia de tréguas".
A proposta rejeitada pelo Hamas prevê, paralelamente, a realização de negociações durante o período de tréguas para completar a fase seguinte do acordo.
Há ainda 59 reféns mantidos em cativeiro pelo Hamas, dos quais Israel acredita que apenas 24 estejam vivos.
A guerra foi desencadeada pelos ataques do Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, que fizeram cerca de 1.200 mortos, na maioria civis, e 250 reféns.
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