"Considerando a incapacidade do regime ditatorial venezuelano de responder à epidemia do Covid-19, o Governo brasileiro adotará medidas restritivas na fronteira com a Venezuela, de modo a garantir a segurança e a saúde do nosso povo, em especial da região Norte do país", escreveu Bolsonaro na rede social Twitter.
O Governo brasileiro publicou nesta quarta-feira um decreto no Diário Oficial da União que restringe por 15 dias a entrada de venezuelanos no país na fronteira localizada no estado de Roraima, no norte do país, mas manteve autorização para circulação de mercadorias.
O Brasil mantém abertas suas fronteiras com outros países da América do Sul, não impondo restrições para entrada e saída de pessoas de seu território.
O Governo venezuelano elevou para 36 o número de casos confirmados de Covid-19 no país, na terça-feira, dia em que foi anunciada a restrição de todos os voos nacionais e internacionais.
No mesmo dia, o mandatário brasileiro voltou a dizer que "não pode haver histeria" em relação ao novo coronavírus.
"Não pode haver histeria, é isso o que sempre preguei. Se for para a histeria, fica todo mundo maluco. As consequências serão as piores possíveis. Em alguns países já têm saques acontecendo, isso pode vir para o Brasil", frisou Bolsonaro.
"Agora, há uma certa histeria. Como se fechar fronteira resolvesse o problema. Alguns querem que fechemos os aeroportos. Nós não sabemos as consequências disso tudo", acrescentou.
O Brasil tem oficialmente 291 casos confirmados do novo coronavírus e está a monitorizar 8.819 casos suspeitos, após ter sido anunciada na terça-feira a primeira morte causada pela Covid-19 no país, informou o Ministério da Saúde.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 200 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.200 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 82.500 recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se já por 170 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.