"Não há dúvidas de que a expansão global mais duradoura que tenha sido registada vai chegar ao fim neste trimestre", afirmam aqueles economistas, em nota de análise, recordando que na semana passada já tinha previsto que a Covid-19 iria provocar uma recessão durante três meses, entre fevereiro e abril.
Mas agora, o período da recessão previsto estende-se a todo o primeiro semestre e a todo o mundo, com exceção da China, como resultado de um "congelamento inédito de atividades em um amplo leque de setores".
Assim, as estimativas para o primeiro trimestre são de uma recessão a nível global de 12%, que nos EUA pode ser de 4%, na zona euro de 15%, no Reino Unido de 10% e na China de 41%.
Para o segundo trimestre, os economistas esperam uma contração do PIB de 14% nos EUA, de 22% na zona euro e de 30% no Reino Unido, enquanto a China, pelo contrário, iniciaria uma recuperação com um crescimento de 57,4%.
No terceiro trimestre do ano, a economia começaria a recuperar a nível mundial, com o PIB global a subir 19,1%, conjugando expansões de 8% nos EUA, 45% na zona euro, 50% no Reino Unido e 23,9% na China.
Em termos anuais, e apesar dos dois primeiros trimestres do ano, o JP Morgan estima que globalmente o PIB suba 0,5%, impulsionado especialmente pela China, de 5,1%, que anularia as recessões dos EUA (1,8%) e da zona euro (0,1%).
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 210 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.750 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 84.000 recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se já por 170 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.