"Tomaremos decisões incrivelmente difíceis que sejam necessárias para garantir a segurança da população", garantiu Gavin Williamson à BBC Radio 4 esta manhã.
Porém, acrescentou, "como disse o primeiro-ministro [na quarta-feira], não há planos para fazê-lo nesta altura".
Vários jornais antecipam hoje uma possível proclamação de isolamento parcial ou total em Londres, onde a pandemia está a sentir-se com maiores efeitos e onde as autoridades preveem que o número de casos dispare nas próximas semanas.
De acordo com os dados públicos disponíveis, 953 das 2.626 pessoas infetadas com o vírus foram diagnosticadas na capital britânica, onde se registaram também 34 das 104 mortes a nível nacional.
De acordo com o Daily Telegraph, o governo está a preparar medidas para forçar o encerramento de restaurantes, bares e outro tipo de estabelecimentos comerciais e deixar o uso de transportes públicos apenas a trabalhadores considerados essenciais.
O Financial Times adianta que uma das propostas sugere que apenas uma pessoa do agregado familiar possa sair de casa de cada vez e que supermercados podem passar a ser guardados pela polícia.
Respondendo à pergunta de um jornalista na quarta-feira, o primeiro-ministro, Boris Johnson, disse: "Vivemos numa terra de liberdade, o que é uma das grandes características das nossas vidas. Não tendemos a impor esse tipo de restrição às pessoas neste país".
Na quarta-feira, o governo decretou o encerramento de todas as escolas públicas britânicas a partir de sexta-feira à tarde, permanecendo em funcionamento apenas para os filhos de funcionários dos serviços de saúde, polícia e empregados do retalho alimentar, nomeadamente motoristas de entregas.
Hoje, o 'mayor' de Londres anunciou a redução do serviço do metropolitano e autocarros, incluindo o encerramento de cerca de 40 estações, urgindo os londrinos para não usarem os transportes públicos a não ser para deslocações essenciais.
O governo vai introduzir hoje no parlamento uma proposta de legislação de emergência que com poderes especiais durante até dois anos, incluindo a proibição de ajuntamentos e detenção e isolamento de pessoas para proteger a saúde pública.
Vai ainda poder mobilizar médicos, enfermeiros e prestadores de cuidados reformados ou inativos, garantir o subsídio de doença para os doentes ou em auto-isolamento, facilitar os procedimentos para funerais e introduzir medidas para os retalhistas continuarem a fornecer alimentos.