Estas restrições, válidas por um mês, abrangem todos os passageiros de voos provenientes do Espaço Económico Europeu (União Europeia, Reino Unido, Islândia, Noruega e Suíça), China, Japão, Coreia do Sul, Austrália e Malásia, que não tenham residência no Brasil ou uma justificação profissional ou familiar para entrar no país, refere-se no decreto do Governo brasileiro.
O Ministério da Justiça, entidade governamental que emitiu o decreto, não explicou até agora porque é que esta restrição não se aplicava aos Estados Unidos, país onde mais de 10.000 casos e 153 mortes foram confirmados.
Brasileiros e estrangeiros residentes no Brasil, por outro lado, podem circular livremente.
De acordo com o mesmo decreto, também será permitida a entrada no território de pessoas pertencentes a organizações internacionais que pretendam realizar uma missão no Brasil ou de pessoas devidamente autorizadas pelo Governo de Brasília.
Na manhã de quinta-feira, o Brasil já tinha decidido a proibição de entrada por terra de nacionais da Argentina, Bolívia, Colômbia, Guiana Francesa, Guiana, Paraguai, Peru e Suriname.
O Uruguai, outro país fronteiriço com o Brasil, será objeto de uma decisão posterior. O Presidente Jair Bolsonaro já tinha também ordenado na terça-feira o encerramento da fronteira com a Venezuela.
O Brasil, com uma população de 210 milhões, registou até agora seis mortes e tem 621 casos confirmados de infeção por Covid-19.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 235 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 9.800 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 86.600 recuperaram da doença.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 179 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.