"Temos a lamentar a primeira morte no Chile por Covid-19. Mulher de 83 anos, acamada, em quem se optou por uma abordagem compassiva", anunciou, no Twitter o ministro da Saúde chileno, Jaime Mañalich.
Não foi tornado público em que hospital estava a vítima internada, se tinha patologias anteriores e se há mais doentes em estado crítico.
O Chile, que registou o primeiro caso de Covid-19 no dia 03 de março, encontra-se desde quinta-feira sob estado de catástrofe, com as aulas suspensas desde segunda-feira e as fronteiras, centros comerciais, cinemas, restaurantes e lojas que não vendam bens de primeira necessidade encerrados.
Embora haja pouca atividade nas ruas, o Governo chileno não decretou o confinamento preventivo, como fizeram vários países vizinhos, entre os quais a Argentina e o Peru, mas são cada vez mais as vozes que o pedem, sobretudo na capital, Santiago.
Um grupo de senadores reuniu-se hoje com o presidente do país, Sebastián Piñera, para exigir mais medidas e que declare uma quarentena nas zonas mais habitadas. Na sexta-feira, meia centena de presidentes de câmara pediram o mesmo, através de uma missiva.
O Governo considera "insensato e desnecessário" decretar o confinamento, embora a quarentena tenha sido decretada na remota Ilha da Páscoa e na pequena povoação da Patagónia chilena, por onde passou um turista infetado, que viajava num cruzeiro.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 271 mil pessoas em todo o mundo, das quais pelo menos 12.000 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por mais de 180 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 4.825 mortos em 53.578 casos.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.