Este foi o maior aumento de mortos associados à pandemia da covid-19 em 24 horas em França, com 112 mortos mais desde os números revelados na sexta-feira. Há ainda 1.525 pessoas nos cuidados intensivos.
O número de casos anunciado diariamente pela autoridades francesas consiste no número de pessoas em que o teste ao vírus foi positivo, mas, esta tarde, o ministro da Saúde, Olivier Véran, estimou que há entre 30 e 90 mil infetados no país com o novo coronavírus, entre pessoas que não demonstram quaisquer sintomas e pessoas com sintomas leves que estão em quarentena nas suas casas.
O exército francês está agora a ajudar no transporte dos doentes, levando-os de Mulhouse, junto à fronteira com a Suíça, onde há um dos maiores focos de infeção, para hospitais com mais camas de cuidados intensivos.
O exército também começou a transportar o material que lhes vai permitir montar um hospital de campanha que vai servir a região do Grand Est, onde os hospitais começam a não ter espaço para acolher os doentes com covid-19.
O ministro indicou ainda que França encomendou 250 milhões de máscaras que devem chegar ao país nas próximas semanas e que os hospitais e laboratórios vão começar a testar mais pacientes.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, infetou mais de 271 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 12 mil morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 4.825 mortos (mais 793 que na quinta-feira) em 53.578 casos.