"Os casos de infeção e as mortes vão aumentar nos próximos dias. Vêm aí dias muito duros. Temos que chegar ao final da próxima semana muito fortes. O risco está em todo o lado, mas temos que fazer maior esforço em alguns lugares", avisou este sábado à noite o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, numa comunicação ao país onde anunciou as medidas que o estado vai adotar para combater o surto viral.
"Estão a chegar dias muitos críticos para os quais temos que nos preparar", reforçou.
A Espanha, sublinhe-se, é um dos países mais atingidos pelo novo coronavírus, responsável pela pandemia da doença Covid-19. Com um território e uma população mais de quatro vezes maior do que Portugal, a Espanha teve até agora quase 25.000 infetados com o novo coronavírus, dos quais mais de 1.000 pessoas morreram.
"Nestes sete dias vimos cumprir-se os piores prognósticos e todos os governos tomaram medidas extremas. É uma catástrofe para a qual a Humanidade não estava preparada. Passaram apenas sete dias, mas mudou-nos", começou por dizer o governante.
TV en DIRECTO | Pedro Sánchez: "Nuestro país está soportando la emergencia sanitaria más grave del último siglo" https://t.co/06wEPhBRoU pic.twitter.com/wNg85KwbZL
— EL PAÍS (@el_pais) March 21, 2020
"Adotámos as medidas mais drásticas e mais restritivas do mundo. Temos consciência do impacto social sobre os direitos dos cidadãos. Espanha encontra-se entre os países mais afetados da Europa e do mundo", continuou o líder do governo central, antes de anunciar que o executivo "fará tudo o que for preciso, quando for preciso" para vencer este surto viral e que estão em contacto "com todas as autoridades locais, a avaliar cada medida que se implementa".
A doença será vencida "mais cedo do que tarde", garantiu.
O executivo espanhol, liderado pelo socialista, decidiu no último sábado instaurar o "estado de emergência" e aprovou medidas que incluem a proibição de todos os cidadãos de andarem na rua, a não ser que seja para irem trabalhar, comprar comida ou à farmácia.
Pode assistir a toda a comunicação de Pedro Sánchez aqui.