De acordo com o governante, citado pela agência Associated Press, trata-se de duas pessoas que regressaram recentemente do Paquistão, que foram colocadas em isolamento num hospital em Rafah, cidade no Sul da Faixa de Gaza.
Esta notícia aumentou os receios de um possível surto no enclave, que tem um sistema de saúde sobrecarregado, após anos de um bloqueio israelo-egípcio e da divisão política da Palestina.
O bloqueio colocou Gaza fora dos limites para os turistas estrangeiros, e Israel e o Egito fecharam as fronteiras com o território, no âmbito das medidas para conter a propagação do novo coronavírus.
Os palestinianos que regressam a casa ainda podem entrar em Gaza, mas são enviados para centros de quarentena.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 290 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 12.700 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 4.825 mortos (mais 793 do que na sexta-feira) em 53.578 casos (mais 6.557, um recorde em 24 horas). Segundo as autoridades italianas, 6.062 dos infetados já estão curados.
A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, onde a epidemia surgiu no final de dezembro, conta com um total de 81.008 casos, tendo sido registados 3.255 mortes e 71.740 pessoas curadas.
Os países mais afetados a seguir à Itália e à China são o Irão, com 1.556 mortes num total de 20.610 casos, a Espanha, com 1.236 mortes (24.926 casos), a França, com 562 mortes (14.459 casos), e os Estados Unidos, com 260 mortes (19.624 casos).
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.