A diplomacia espanhola, que está a coordenar estas viagens, tem prevista ao longo da semana que começa hoje a chegada de vários voos organizados em coordenação com companhias aéreas e outros países europeus, disse Gonzalez Laya em mensagem nas redes sociais.
Segundo números revelados, durante o último fim de semana regressaram em voos organizados pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros 120 espanhóis que estavam em Cabo Verde, 22 da Tunísia, 41 de Atenas, 270 da Argentina e 357 do Equador.
Houve também voos de regresso das Filipinas, Gâmbia e Denpasar (Índia), todos voos comerciais coordenados pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, que se encarrega de negociar as autorizações de saída dos países já encerrados e, noutros casos, de agrupar os passageiros num aeroporto internacional a partir do qual possam regressar.
González Laya voltou a pedir hoje "paciência, calma e responsabilidade" àqueles que ainda estão espalhados pelo mundo: "Não se preocupem, acalmem-se, estamos a organizar o vosso regresso", disse.
A Espanha registou desde o início da pandemia um total de 28.572 casos de covid-19 (até domingo a meio do dia), dos quais 1.720 morreram e 2.125 foram curados.
A região mais atingida pela covid-19 é a de Madrid, com 9.702 infetados e 1.021 mortos, seguida da Catalunha (4.704 e 191), do País Basco (2.097 e 97) e de Castela-Mancha (1.819 e 112).
O Governo espanhol decidiu prolongar por mais 15 dias, a partir do próximo sábado, 28 de março, o atual "estado de emergência" decretado em 14 de março último que inclui medidas como a proibição de todos os cidadãos de andarem na rua, a não ser que seja para irem trabalhar, comprar comida ou à farmácia.
Numa mensagem televisiva ao país no sábado à noite, o primeiro-ministro espanhol fez o balanço de uma semana com as medidas excecionais em vigor, alertando os espanhóis para o aumento das mortes nos próximos dias, mas defendendo que "mais cedo do que tarde" o país iria vencer a covid-19.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 324 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 14.300 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro de 2019, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.