Trump apela para proteção dos norte-americanos de origem asiática

O Presidente norte-americano apelou hoje para a proteção dos norte-americanos de origem asiática, garantindo que a propagação do novo coronavirus "não é culpa sua", depois de ter sido acusado de alimentar as suspeitas ao falar de um "vírus chinês".

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© Reuters

Lusa
23/03/2020 23:17 ‧ 23/03/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

 

Na rede social Twitter, Donald Trump escreveu: "É muito importante proteger totalmente a nossa comunidade asiático-norte-americana nos EUA e em todo o mundo".

No seu texto, o Presidente norte-americano realçou que "estas são pessoas incríveis e a propagação do vírus NÃO é culpa sua", acrescentando: "Trabalham estreitamente connosco para nos livramos" do vírus".

O multimilionário republicano usa diariamente a expressão 'vírus chinês' para designar o novo coronavirus, detetado pela primeira vez, em dezembro, em Wuhan, na China.

Apesar dos protestos de Pequim, que recusa ser estigmatizada, Trump assumiu aquela expressão, considerando que era factual, e acusou as autoridades chinesas de terem tardado a partilhar informação sobre a pandemia.

Segundo associações representativas das comunidades norte-americanas de origem asiática, esta retórica já começou a alimentar um certo racismo dirigido contra os seus membros.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 345 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 6.077 mortos em 63.927 casos. Segundo as autoridades italianas, 7.024 dos infetados já estão curados.

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, onde a epidemia surgiu no final de dezembro, conta com um total de 81.054 casos, tendo sido registados 3.261 mortes.

 

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