Madrid limita cremações devido a saturação das instalações municipais

A câmara municipal de Madrid vai começar, gradualmente, a limitar as cremações nos dois crematórios da autarquia, devido à saturação atual das instalações, com atrasos de dois a três dias, provocada pelo número de mortos com coronavírus.

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Lusa
24/03/2020 11:17 ‧ 24/03/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

A funerária municipal vai passar a limitar as cremações realizadas pela empresa e por outras fúnebres, segundo fontes do executivo municipal, citadas pela agência espanhola Efe.

Para isso, irá informar "ainda mais as famílias sobre a possibilidade de enterro", dando sempre todas as opções disponíveis, visto que a sobrecarga do serviço não está a acontecer no caso de enterros, que ainda são "atendidos quase diariamente, sem demora", disseram à Efe as mesmas fontes.

O objetivo é "não colapsar as instalações e não atrasar ainda mais os prazos atuais de cremação", o que também se repercute no atraso na entrega das cinzas aos parentes.

Os quinhentos trabalhadores da casa funerária municipal têm tido o dobro do trabalho de um período normal, tendo, nas últimas duas semanas, prestado mais de 1.400 serviços, entre cremações, sepultamentos e transferências de corpos.

A funerária municipal faz agora cerca de uma centena de serviços por dia, enquanto "o serviço médio diário nos 15 anos anteriores foi pouco mais de 50".

A partir de hoje, a funerária municipal também não irá recolher os restos mortais daqueles que morreram com o novo coronavírus, devido ao facto de não possuir equipamentos de proteção individual suficientes - luvas, batas ou máscaras - para garantir a segurança dos seus trabalhadores, materiais que o presidente da câmara municipal de Madrid, José Luís Martínez-Almeida, tem solicitado repetidamente ao Governo espanhol.

Entretanto, a pista de patinagem sobre gelo situada no conhecido centro comercial Palácio do Gelo, em Madrid, vai começar a ser utilizada, "nas próximas horas", como morgue para armazenar os corpos de pessoas que morreram do novo coronavírus.

A solução foi encontrada devido à saturação das casas funerárias, que as impede de enterrar os mortos dentro dos prazos estabelecidos em Madrid, a região mais atingida pelo Covid-19.

A Espanha é um dos países mais atingidos pelo novo coronavírus, tendo registado desde o início da pandemia e até hoje 39.673 casos de covid-19, dos quais 2.696 morreram e 3.794 tiveram alta e são considerados como curados.

Em todo o mundo, o novo coronavírus, responsável pela pandemia de Covid-19, já infetou mais de 345 mil pessoas, das quais mais de 15.100 morreram.

 

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