"Tendo em conta a complexidade da situação (...), vão ser introduzidas novas restrições", indicou o chefe de Estado num discurso transmitido pela televisão.
Bucareste, que decretou o estado de emergência e anunciou no domingo um recolher obrigatório entre as 22:00 e as 06:00, tinha pedido aos romenos para ficarem em casa, exceto para irem trabalhar ou fazerem compras de primeira necessidade.
Mas a partir de quarta-feira, "estas recomendações tornam-se obrigatórias", sublinhou Iohannis.
A Roménia, com 19 milhões de habitantes, contabilizou até agora 762 casos da covid-19, entre os quais oito mortos. Especialistas temem, no entanto, uma explosão da epidemia nas próximas semanas.
Depois de muitos romenos colocados em quarentena ou isolamento ignorarem a medida e saírem à rua, Iohannis também indicou que será instituída a "vigilância eletrónica", sem dar pormenores.
Os militares são chamados a patrulhar as ruas para ajudar os polícias a "gerir a situação no terreno" e as pessoas com mais de 65 anos estão completamente proibidas de sair, indicou o presidente.
A Roménia já tinha encerrado as escolas e universidades, limitado as concentrações públicas e proibido as missas nas igrejas.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 360 mil pessoas em todo o mundo, das quais cerca de 17.000 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália o país do mundo com mais vítimas mortais, com 6.077 mortos em 63.927 casos. Segundo as autoridades italianas, 7.024 dos infetados já estão curados.
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.