"A epidemia de covid-19, que todos inquieta e que não discrimina nos que atinge, exige de nós o nosso melhor: civismo, bom senso, solidariedade", escreveu o diplomata numa mensagem publicada na página de Internet.
Aos portugueses que residem no Reino Unido, Manuel Lobo Antunes apelou "a que sigam as instruções e recomendações das autoridades britânicas", nomeadamente que façam quarentena quando sentirem sintomas da doença e respeitem as restrições para distanciamento social.
O Governo britânico ordenou na segunda-feira aos britânicos para permanecerem em casa, depois de intensa pressão da imprensa, especialistas e da oposição, intensificando as medidas para reduzir a propagação da covid-19.
Numa comunicação ao país transmitida pela televisão, o primeiro-ministro, Boris Johnson, disse que só devem sair para fazer "compras de bens essenciais o menos frequentemente possível, uma forma de exercício por dia, como correr, andar ou andar de bicicleta, sozinho ou com membros do agregado familiar, por necessidade médica ou para ajudar uma pessoa vulnerável e para ir para o emprego, mas só quando for necessário".
Quem desrespeitar as regras de confinamento obrigatório está sujeito a multas de 30 libras (33 euros) pela polícia, que também terá poderes para dispersar ajuntamentos de mais de duas pessoas.
O embaixador justificou também a necessidade de o atendimento presencial nos consulares ter sido reduzido "aos casos de estrita urgência" desde a semana passada para proteger a saúde dos funcionários e respetivos familiares.
Os consulados de Portugal em Londres e Manchester suspenderam o atendimento presencial nas instalações, atendendo apenas com marcação prévia para situações de emergência.
O balanço de hoje feito pelo Ministério da Saúde britânico confirmou 422 óbitos entre 8.077 casos positivos de pessoas infetadas com a covid-19, identificadas após testes a 90.436 pessoas no Reino Unido.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 386 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 17.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 6.077 mortos em 63.927 casos. Segundo as autoridades italianas, 7.024 dos infetados já estão curados.
Os países mais afetados a seguir à Itália e à China são a Espanha, com 2.696 mortos em 39.673 infeções, o Irão, com 1.934 mortes num total de 24.811 casos, a França, com 860 mortes (19.856 casos), e os Estados Unidos da América, com 499 mortes (41.511 casos).
Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.