O executivo de Pedro Sánchez respondeu desta forma ao anúncio do conselheiro (responsável) regional do Interior (Administração Interna) da Generalitat (Governo catalão), Miquel Buch, de que vai assinar uma resolução para aumentar o confinamento da Igualada e de toda a Conca d'Òdena, em Barcelona, para que apenas aquelas pessoas que prestam serviços essenciais possam sair à rua.
O Governo central recordou que uma disposição desta natureza só pode ser dada pela autoridade competente, neste caso o Ministro da Saúde, Salvador Illa, como poder delegado máximo em virtude da declaração do "estado de emergência" em Espanha.
"O governo espanhol está a seguir as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e tem adotado as medidas mais drásticas na Europa e das mais rigorosas a nível mundial para derrotar o coronavírus", disse o executivo num comunicado.
Por último, Madrid apelou à unidade de ação entre as administrações regionais e reiterou a sua constante vontade de coordenar e colaborar com as comunidades autónomas na luta contra a pandemia.
Miquel Buch justificou na quarta-feira a necessidade de apertar o confinamento na Conca d'Òdena pela elevada mortalidade que o coronavírus está a causar naquela zona.
O Governo espanhol declarou o "estado de emergência", que lhe dá competências que normalmente são descentralizadas pelas comunidades autónomas, em 14 de março último, tendo decretado medidas em todo o território que incluem a proibição de todos os cidadãos de andarem na rua, a não ser que seja para irem trabalhar, comprar comida ou à farmácia.
A Espanha é desde quarta-feira o segundo país do mundo com maior número de mortes, tendo registado 3.434 e ultrapassado a China, num total de 47.610 casos de pessoas infetadas pela doença.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 450 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 20.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a OMS a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com cerca de 240.000 infetados, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 7.503 mortos em 74.386 casos registados até hoje.