Cidades do Canadá, situadas ao longo da fronteira com os Estados Unidos, estão aterrorizadas com a possibilidade de Donald Trump decretar medidas mais ligeiras no combate à pandemia pela Covid-19.
Há já cidades a preparem planos de contingência e outras a pedirem ao primeiro-ministro Justin Trudeau para intervir.
O presidente norte-americano tem referido nos últimos dias que quer a economia do país a funcionar normalmente a partir de dia 12 de abril, apesar da rápida propagação que o novo vírus está a ter no país.
Especialistas em saúde, juntamente com alguns governadores norte-americanos têm-se oposto à ideia e a Organização Mundial de Saúde até já admitiu que os EUA podem tornar-se no próximo epicentro do vírus.
"Estou aterrorizado com o que isso pode significar para o Canadá", disse Mike Bradley, presidente de Sarnia, cuja cidade se situa a uma hora da fronteira.
De acordo os Census de 2016, a maior parte da população canadiense vive a 100 km da fronteira e atravessa-a diariamente. Tal circulação diminuiu bastante desde que o Canadá e os Estados Unidos acordaram em encerrar as fronteiras a todas as viagens que não sejam essenciais.
Questionado sobre os planos de Donald Trump, em restaurar a normalidade, Trudeau garantiu que irá fazer de tudo para "assegurar que as medidas estabelecidas na fronteira são respeitadas".
Segundo o último balanço divulgado, os Estado Unidos são oficialmente o país com mais casos confirmados no mundo, tendo ultrapassado a Itália e a China - epicentro do surto.